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Vacinação é lenta e tem problemas com os fura-filas

Vacinação é Lenta E Tem Problemas Com Os Fura-filas

Pelo menos 439 mil pessoas foram vacinadas até ontem (22) no Brasil contra a covid-19, um ritmo lento para um país que é referência em campanhas de imunização e dispõe de um sistema capilarizado como o SUS. O problema é que nem todos os estados e municípios divulgaram informações sobre a campanha de imunização, que recebe hoje mais dois milhões doses da vacina de Oxford, importadas da Índia, o material distribuído até agora daria para imunizar cerca de 3% da população.

Na Bahia, a Sesab informa que As primeiras doses da vacina contra a Covid-19 já foram enviadas ela Sesab para os 417 municípios baianos, que já iniciaram a vacinação. Até às 14h desta ontem (22), 56.827 doses já haviam sido aplicadas em profissionais de saúde, indígenas aldeados, idosos em instituições de longa permanência e pessoas com deficiência.

Segundo os dados Salvador lidera o ranking da vacinação com 11.035 imunizações, seguido de Vitória da Conquista, com 1.904 pessoas vacinadas. Santo Antonoio de Jesus, que tem metade da população de Itabuna imunizou 1,2 mil pessoas, enquanto Ilhéus vacinou 835  e Itabuna 813 pessoas. Já Porto Seguro registrava apenas 181 imunizações, segundo os dados da Sesab.

Ne chegada das vacinas à Bahia, a TV Santa Cruz informou numa reportagem detalhada e criteriosa, que Itabuna, a maior cidade do sul da Bahia teria recebido 2,2 doses de  vacinas, contra 6 mil unidades destinadas a Ilhéus e outras 4 mil para Porto Seguro, cidades de menor porte que Itabuna, que registra mais de 18,3 mil casos de covid-19, com 378 mortes.

Um fato a ser destacado é que as promotorias de pelo menos oito estados brasileiros instauraram investigações sobre pessoas que teriam sido vacinada mesmo sem pertencer aos grupos prioritários. Os casos de “fura-filas”  foram denunciados no Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Pará e Paraíba.

Entre os investigados estão prefeitos, servidores públicos, familiares de funcionários da saúde entre outras pessoas que não se enquadram nos critérios do Ministério da Saúde. Por exemplo, o prefeito da cidade baiana de Candiba, Reginaldo Martins (PSD), foi um dos primeiros vacinados no município, sem se enquadrar nos grupos prioritários e de risco,

O caso de Candiba é exemplar, o município  cerca de 100 doses da Coronavac, que seriam suficientes para vacinar apenas 50 pessoas, conforme aponta denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Após a repercussão  denúncia que ganhou espaço no noticiário nacional, o prefeito justificou a atitude como “forma de incentivo para a população que está desacreditada”.

Já o  Ministério Público estadual, em ação conjunta com o Ministério Público Federal (MPF), ajuizou, duas ações civis contra o prefeito de Candiba, Reginaldo Martins Prado. O gestor, que não pertence ao grupo de prioridade da primeira fase de vacinação contra a Covid-19, burlou os protocolos nacional e estadual e foi o primeiro a ser vacinado no município.

O MP e MPF pedem à Justiça Federal a condenação do prefeito por ato de improbidade administrativa e propõem a indisponibilidade de seus bens para pagamento de multa no valor de R$ 145 mil.

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Fotos:Divulgação

 

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