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Sul da Bahia: Dia Internacional do Cacau, como a Ceplac e a lavoura, é esquecido

Sul Da Bahia: Dia Internacional Do Cacau, Como A Ceplac E A Lavoura, é Esquecido

Nenhum ato marcou neste domingo, 05 de junho, a passagem do “Dia Internacional do Cacau”, no sul da Bahia. A data mais uma vez foi esquecida. Este é o terceiro ano em que o dia a não lembrado. Aliás, há anos o que marca na região é o desmonte da Ceplac, a extinção da extensão rural, o sepultamento da pesquisa, o crescente endividamento dos agricultores e a desarticulação das entidades regionais.

A data comemora a primeiro domingo de junho o mais importante produto agrícola da região foi criada durante uma Conferência Internacional em Turrialba, Costa Rica, em 1958, por sugestão do cientista Robert Fowler, com apoio do brasileiro Paulo Alvim. Este último, diretor cientifico da Ceplac.

O “Dia Internacional do Cacau” foi esquecido justamente no momento em que a cacauicultura baiana enfrenta uma de suas mais graves crises. A Ceplac, o principal organismo federal em atuação no sul da Bahia, os agricultores e a lavoura cacaueira estão largadas à própria sorte.

O cacau está vivendo uma de suas mais graves crises. O Governo Federal, no entanto, vem dando uma demonstração clara de que não tem o mínimo de respeito pela região nem apreço e consideração pelas lideranças políticas e agrícolas regionais.

Até o momento o presidente da República – que tem o apoio da grande maioria dos produtores de cacau baianos – fez um pronunciamento público sobre a importância da cacauicultura para o agronegócio brasileiro.  A ministra da Agricultura, uma referência ao sul da Bahia ou um destaque ao papel da Ceplac no fortalecimento da agricultura nacional.

Enquanto isso, desunidas, desarticuladas, desprestigiadas, despolitizadas e desinformadas, “as lideranças do cacau” insistem apenas em relembrar o passado, em reclamar e buscar culpados pelo atual estágio da lavoura.

Ao invés de exigir respeito e um tratamento digno, preferem permanecer nas trincheiras virtuais dos grupos de WhatsApp, lutando contra inimigos imaginários, afastando possíveis aliados e fazendo uma intransigente defesa de Governo que não ouve seus aliados, deu as costas para o cacau e nem se importa se a Ceplac ainda existe.

O fato é que, além de lamentar, chorar e reclamar, a lavoura cacaueira vive um drama: de um lado, continua apoiando intransigentemente e defendendo ferozmente um Governo que a ignora, que não a respeita e lhe vira as costas; de outro, permanece ofendendo, agredindo, se afastando e tratando como adversárias e inimigas as lideranças políticas que poderiam ser transformadas em aliadas na luta pelo seu soerguimento.

Resultado: a lavoura não tem prestígio político para ir à Brasília e sentir-se frente-a-frente à mesa com o Presidente; não tem capacidade de promover uma união de todos os segmentos em torno de uma causa, do futuro do cacau, nem humildade para estabelecer um diálogo franco e aberto com todos das forças políticas baianas e, unidos, construir um projeto coletivo para a cacauicultura baiana.

Escrita por: Escrito por: Ederivaldo Benedito


 

Este Post Tem Um Comentário
  1. Como se algum outro governo tivesse qualquer interesse na CEPLAC. Não há apoio do governo federal atual e nos anteriores havia sido sucateada e rebaixada. Do governo estadual também não há esforço algum para melhoria do campo e das empresas públicas ligadas a agropecuária, vide a extinção da EBDA. Então, por mais lamentável que seja o fato citado, não se resolverá nada apenas demonstrando birra ao atual governo federal.

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