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OS PAULISTAS QUE FIZERAM HISTÓRIA NO FLUMINENSE

OS PAULISTAS QUE FIZERAM HISTÓRIA NO FLUMINENSE

Por Walmir Rosário*
O escritor e torcedor do Fluminense das Laranjeiras, Tasso Castro, está
finalizando um novo projeto para presentear os tricolores de Itabuna e todo o
Sul da Bahia. E o novo livro tem como título – ainda provisório – “Paulistas no
Flu: glórias e troféus”, em que mostrará a passagem dos jogadores e técnicos
que nasceram em São Paulo e fizeram sucesso no tricolor carioca.
O trabalho, resultado de uma pesquisa de fôlego, demonstra que desde 1935
os paulistas são figurinhas carimbadas na trajetória do Fluminense, afastando
qualquer rivalidade entre os jogadores dos estados do Rio de Janeiro e São
Paulo. Nesse ano, a diretoria tricolor, de uma só vez, motivou um feito inédito
ao contratar a base da Seleção Paulista.
E não se tratava de um elenco qualquer, e sim dos jogadores paulistas que
conquistaram o Bicampeonato Brasileiro de Seleções nos anos de 1933 e 1934,
atitude ímpar no futebol brasileiro daquela época. E os resultados alcançados
pelo tricolor carioca foram à altura das contratações, no mesmo nível de
qualquer seleção da América do Sul.
E os impactos positivos começaram a aparecer a partir de 1936, quando iniciou
a conquista do tricampeonato, completado nos anos de 1937 e 1938, com
muito sucesso. Embora tenha deixado escapar o tetracampeonato em 1939, o
Fluminense não se abateu e voltou com supremacia, vencendo os campeonatos
de 1940 e 1941, se sagrando bicampeão.
E os cartolas do tricolor das Laranjeiras voltaram a esquentar as turbinas e nos
anos 1950, passaram a recrutar novos jogadores no mercado paulista,
contratando os craques Marinho, Clóvis e Maurinho. O esquema voltou a
funcionar e o Fluminense colecionou títulos no mundial, no Campeonato Carioca
e nos disputados torneios Rio-São Paulo.
Muitos ainda se lembram de jogadores famosos e produtivos contratados nos
anos 1960, a exemplo de Samarone, Cláudio, Félix (goleiro tricampeão na copa
de 1970), Galhardo e Marco Antônio. Já nos anos 1970, a “importação” dos
paulistas para o Flu das Laranjeiras continuaram com Didi, Ivair, Manfrini e
Rivelino, contratações que mexeram com o futebol brasileiro.
E como tudo que dá certo é repetido, o Fluminense continuou se abastecendo
no mercado paulista, o que não era nenhuma novidade. Nos anos 1980 vieram
Assis e Vica. Nos anos 2000 chegaram Fernando Henrique, Ricardo Berna,
Gabriel, Juan, Leandro, Tuta e Gum. Nos anos 2010, Rodriguinho e Deco, e nos
ano 2012, Diego Cavalieri.

E a contabilidade dos troféus na sede das Laranjeiras é altamente positiva na
coluna dos lucros. Dos anos 1960 a 2012, o Flu foi campeão Carioca (1969,
1971, 1973, 1975, 1976, 1983, 1984, 1985, 2005 e 2012) e campeão Brasileiro
(1970,1984, 2010 e 2012) mantendo no elenco alguns jogadores ou técnicos
oriundos de São Paulo, a exemplo de Tim, o estrategista, o único paulista
campeão como jogador e treinador; Mario Travaglini em 1976; e Muricy em
2010.
Assim que for publicado, “Paulistas no Flu: glórias e troféus”, Tasso Castro
completará cinco publicações sobre o Fluminense do Rio de Janeiro, além de
uma que abrange o Fluminense de Itabuna. Uma marca registrada nos livros de
Tasso é que não somente ele relata e opina sobre o tricolor carioca, mas
torcedores de todo o Sul da Bahia.
E nesse novo livro não será diferente dos três últimos, em que vários
torcedores escrevem um texto e expõem uma foto com a camisa tricolor. E pelo
projeto, a prioridade dos textos se destina a escolher qual o jogador ou técnico
paulista que ficou na memória? Entre eles (jogadores) Félix, Galhardo, Marco
Antônio, Samarone, Manfrini, Rivellino, Assis, Diego Cavalieri ou Deco; e os
técnicos Tim, Mário Travaglini ou Muricy Ramalho.
Os livros escritos por Tasso Castro são bastante ricos em informações, sempre
obtidas nas fontes principais, documentadas com fotografias e reproduções dos
jornais da época. Outros textos obedecem estritamente à lembrança dos
torcedores, com o que ouviram e viram nas transmissões esportivas do rádio e
TV, além das imagens de jogos assistidos nos estádios, guardadas na memória.

Vale a pena aguardar.

*Radialista, jornalista e advogado.

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