Discussão sobre Região Metropolitana reforça maior envolvimento social e político

Durante a discussão da proposta de criação da Região Metropolitana do Sul
da Bahia nesta terça-feira, 19, na Câmara de Vereadores de Itabuna,
representantes dos Poderes, Legislativo, Executivo e da Sociedade Civil
destacaram a importância de envolver mais atores sociais e políticos no
debate que visa promover o desenvolvimento sustentável e equilibrado dos
municípios.
A nova proposta foi apresentada pelo secretário executivo da Associação dos
Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste Baiano – Amurc, Luciano Veiga,
que é especialista em Planejamento de Cidades. O estudo de sua autoria,
prevê a composição de 13 municípios (com uma população de 600 mil
habitantes) na nova unidade geoeconômica.
“A rediscussão da RM do Sul da Bahia vem no momento oportuno, pois estamos
discutindo como integrar a região que contém diversos equipamentos em
comum, tanto na área médica, na educação, como em prestação de serviços, a
exemplo do Hospital da Costa do Cacau, os consórcios multifinalitários, as
policlínicas, a Associação dos Municípios, as Universidades Federais, os
Institutos Federais, dentre outros”.
Ao mesmo tempo, Veiga citou que a região possui também muitos problemas
comuns, como a questão dos resíduos sólidos, do saneamento básico, que
precisam ser tratados de forma articulada e integrada. “Não tem como os
municípios resolverem de forma isolada, principalmente os municípios
pequenos, com população igual ou menor do que 100 mil habitantes”.
*União e participação*
Entusiasta da causa e anfitrião da discussão da RM, o presidente da Câmara,
Ricardo Xavier destacou que o movimento tem que ser de todos os municípios,
políticos, vereadores, prefeitos e entidades. “A apresentação [da Região
Metropolitana] visa ganhar soldados para o exército. Que dessa forma a
gente convença o governador Rui Costa, que tem sido uma presença constante
em nossa região”.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente de Ilhéus,
Jerbson Morais representou o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, e
reforçou a importância de “unir forças e evitar o isolamento político,
principalmente para as cidades que ficam distantes”. Já o procurador do
município de Itabuna, Luiz Fernando Guarnieri representou o prefeito
Fernando Gomes, e destacou que “a composição da RM é fundamental para uma
região com diversas características econômicas, culturais e turísticas
importantes”.
Para o prefeito de Buerarema, Vinicius Ibrann, a nova proposta discutida é
o caminho mais eficaz para o desenvolvimento de ações em prol do seu
município, que possui atualmente 18 mil habitantes. “Temos que nos apegar a
projetos inovadores. É a única forma de Buerarema ter voz. É um meio que a
gente pode pensar em um projeto de pulverização de desenvolvimento da nossa
cidade”.
Na plenária da CMV, representantes das diversas instâncias sociais,
políticas e da imprensa, defenderam o maior envolvimento da sociedade no
debate, que deverá se repetir no município de Ilhéus. “A região deve tomar
para si a responsabilidade da RM. Tem que estar respaldado com o
compromisso político dos prefeitos para cumprir a missão. Além disso,
precisamos do envolvimento do elo mais forte da sociedade, a população”,
declarou o presidente do Sindicato Rural de Ilhéus, Milton Andrade.
Ainda estiveram presentes, o diretor da Associação das Câmara do Sul da
Bahia (Acsulba), Joabs Ribeiro, o presidente da subseção itabunense da OAB
– Ordem de Advogados do Brasil, Edmilton Carneiro, o presidente do
sindicato dos taxistas, Eduardo Cardoso, o ex-presidente da Associação
Comercial de Ilhéus, Nilton Cruz, o Comandante da Polícia Rodoviária
Estadual Encarnação e demais instituições.
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*Texto: Viviane Cabral – MTE 4381/BA*