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DE ROMA ANTIGA AO BRASIL DE HOJE – SEM NOVIDADES

DE ROMA ANTIGA AO BRASIL DE HOJE – SEM NOVIDADES

Por Walmir Rosário

Desse jeito não há Polícia Federal (PF) que aguente…Não dão – sequer – um dia de folga à corrupção neste Brasil brasileiro. Todo o santo dia a imprensa noticia uma nova operação da PF num determinado governo – estadual e/ou municipal – para investigar os possíveis desvios de dinheiro do combalido contribuinte, até mesmo para o enganoso tratamento de pacientes infectados com a tal da Covid-19.

E perguntamos nós: Nem mesmo o sofrimento causado pela pandemia consegue sensibilizar esses amigos do alheio, que não concedem um período de férias para a turma da gatunagem oficial? Os que estão acostumados a ler a Bíblia Sagrada e os livros de história nem levam mais esse tipo de assunto a sério, pois esses crimes estão registrados in saecula saeculorum desde que Adão comeu aquela fatídica maçã.

Entra governo, sai governo e os larápios continuam mais espertos que nunca. Nem mesmo os célebres discursos do cônsul romano Marco Túlio Cícero, pronunciados em 63 a.C. contra o senador Lúcio Sérgio Catilina, e que ficaram famosos até hoje, foram suficientes para que o Estado parasse de sofrer desses males. “Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?” (Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência?).

Não levem a mal se para falar do crime da corrupção misturei no mesmo balaio o crime da conspiração, pois na minha visão de mundo as duas são altamente prejudiciais ao Estado e, principalmente à Nação. As duas se configuram crimes hediondos num país regido pelo sistema político em que o povo escolhe seus governantes por prazo determinado e em eleições diretas. É a democracia!

No Brasil atual, sofre o Estado, amarga a Nação com os dois males. Nem mesmo a chamada Constituição Cidadã – como a denominou Ulisses Guimarães – está merecendo o respeito de muitos. Por tão pouco, a Constituição é desfigurada no que tem de mais sagrado, os direitos individuais, marca indelével de um povo que deve viver na plenitude da liberdade e igualdade perante a lei.

Como sempre vemos, uns têm sempre mais direitos que outros, consagrados nos biombos da impunidade e esquecidos pelas gavetas dos tribunais, sempre à custa de muitos recursos protelatórios. Parafraseando o nobre baiano Ruy Barbosa, a justiça tardia não é justiça, é injustiça; e é exatamente isso o que ocorre em todo o país, para o gáudio dos espertalhões.

Os medicamentos e equipamentos adquiridos para tratar da Covid-19, quando chegam são com sobrepreço e muitas vidas já se foram e os cadáveres se encontram no cemitério, sem ao menos terem direito ao último adeus. A Polícia Federal investiga, às vezes prende-os, e daí pra frente pouco se tem notícia do paradeiro do processo, cheios de recursos protelatórios.

Se não bastasse o desvio dos recursos públicos pelos que estão no poder, quem está fora dele ou é oposição toma o caminho de Catilina, com a odiada finalidade de fazer com que não haja desenvolvimento e sim retrocesso. Tanto lá fora como aqui no Brasil se tornou comum a formação dos gabinetes – ou governos – paralelos, cujo único objetivo é provocar a turbulências via atos de terrorismo explícito contra o governo eleito democraticamente.

Essa estratégia do caos pelo terrorismo não é nenhuma novidade do momento e está estampado no catecismo comunista: “O revolucionário penetra no mundo do Estado e no meio do que se pretende civilizado com o objetivo de destruí-los. Não se deve recuar, trata-se de destruir instituições e indivíduos, pois ao revolucionário é necessário odiar tudo e todos”.

Não é atoa que o artigo 2º da nossa carta magna onde se lê: São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, se transformou em letra morta, lida de forma caolha, enviesada. A cada dia tomamos pela frente uma enxurrada de determinações dos perdedores tão somente como medidas aterrorizantes, totalmente alheias aos sentimentos de brasilidade.

E por incrível que pareça ficamos sentados no trono do nosso apartamento, com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar – como não queria Raul Seixas – à espera do salvador da pátria como nos romances épicos e de capa e espada, como se não houvessem eleições regulares. Só nos resta repetir Cícero: “Até quando, oposição irracional, abusarás de nossa paciência?

Foto/Divulgação

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