Impotência
Meus sentimentos
são imensos, sagrados
e infinitos.
O que me faz não ter
com quem dividi-los…
Uma pena, sinto!
Minhas emoções,
meus gritos…
Neste mundo aflito,
de uma nota musical só,
de um peso só na balança,
não são ouvidos —
na ignorância de seres
iguais a mim…
Me isolo no meu mundo
de carência e solidão,
e vivo meus sonhos
na luz da esperança,
caminhando ainda com o sol
e as estrelas…
Ao vento, vencendo
um tempo determinado,
até a virada de um destino
livre, divino e sem fim —
imune à matéria,
a preconceitos;
deveres e dores…
sem saudades…
Talvez de uma passagem perdida
Sem sorrisos e sem lágrimas
dos amores não refeitos!
Aqui, sem flores…
Joselito dos Reis – 13.05.202


