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ASSIM ERA MINHA CIDADE – ILHÉUS NA LENTE DE JOSÉ NAZAL

ASSIM ERA MINHA CIDADE – ILHÉUS NA LENTE DE JOSÉ NAZAL

O antigo porto da cidade é, de longe, o local mais fotografado no século passado, ou pelo menos, é o local que mais encontramos registros fotográficos. O privilégio se dá pelo fato de ter várias opções de locais para fotografar em diversos ângulos, como o Oiteiro São Sebastião, Altos da Conquista e Teresópolis, dentre outros. Existem inúmeros registros de A. Fâmula, J. Dias, P. Pinillos, Francino, Rolemberg, Mendonça, Louro e outros fotógrafos.

Nessa foto de 1942, de J.[João] Dias, temos a vista parcial do antigo porto com destaque para o casario do Unhão, hoje avenida Dois de Julho tendo ao fundo o Oiteiro ainda com a vegetação preservada. Durante centenas de anos o antigo porto foi o principal ponto de movimentação de pessoas e cargas da cidade e sua urbanização e organização, com a construção do cais e dos armazéns, só veio ocorrer no início do Século XX.

Hoje parte da área foi cedida ao município pela Companhia Docas do Estado da Bahia, depois do incêndio ocorrido no Armazém 1, restando ainda outro armazém que não foi cedido pela empresa, impedindo a melhoria do local.

A última grande intervenção na preservação do casario no sopé do Oiteiro foi realizada em 1990, no governo do então prefeito João Lyrio, através de uma parceria com a empresa de tintas Suvinil, que procedeu a recuperação e pintura das fachadas, recebendo como contrapartida autorização para colocar um outdoor luminoso no final da Avenida Dois de Julho. Alguns desses imóveis são inventariados e protegidos pela lei municipal 2812/89, marco legal que tem sido muito pouco observado e respeitado.

Um dos prédios mais antigos, e o mais imponente, é o da União Protetora dos Artistas e Operários de Ilhéus, de 1922, que se encontra bem desconfigurado de sua genuinidade. O prédio foi considerado de utilidade pública para fins de desapropriação em 2004 pelo prefeito Jabes Ribeiro, para ser a sede do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus e da Associação Baiana de Imprensa (secção do Sul da Bahia), não tendo sido efetivada a conclusão do processo, principalmente por não ter representação formal da instituição proprietária.

Merece ser resgatado pela municipalidade, restaurado e colocado a serviço de nossa cultura e história. Fica o sonho, o desejo!

Fonte;Walmir Rosario

 

 

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